que tantos males houve nessa trajetória, nessa corda-bamba, que tanto mau humor e recalque? o que foi recalcado que permanece recalcitrante naquilo que dizes hoje de mim? de todos os indícios recontados, não há um sequer que tenhas ao menos me indicado. recontas agora todo o caminho, toda a corda-bamba, como fio da navalha no qual caí e me despedacei. que monstro foi liberado, que monstro em que me tornei? que tanta amargura, raiva, que não cabem em uma frase ou em uma pergunta a mim dirigidas? que medo, que receio de ouvir minha resposta? que tanta covardia? que tanta mesquinhez em fazer chegar até mim o que pensas por meio de bocas que não é a tua? que tanto ressentimento, me pergunto, é capaz de dividir o mundo entre os que ainda não odeias, os que já odeias e os que ainda não conheces?