sonho 1:
o pró-reitor me pergunta se o projeto de pesquisa já está pronto par ser submetido à agência de fomento. envergonhado, respondo que está em processo de finalização.

sonho 2:
uma professora pergunta-me se já li o trabalho de conclusão de curso da sua aluna. eu respondo que não, que jamais soube que eu faria parte da banca de avaliação. percebo neste momento que falo nu, sem roupas. a professora me entrega uma cópia do trabalho, na qual há várias anotações com minha letra. percebo que já havia lido, sim, o trabalho e que era interessantíssimo: a aluna fazia um mapeamento de palavras novas que surgiam na língua portuguesa a cada dia, que eram absolutamente originais, neologismos cotidianos atualizados, cujos significados eram ricamente construídos de acordo com a vida que as pessoas levavam. ela prova que essas novas palavras tornam outras obsoletas.

sonho 3:
moro num apartamento belíssimo, cheio de quartos e de salas, de cozinhas e de banheiros, no qual somente eu moro. é um apartamento tão grande que eu mesmo ando por ele e descubro novos cômodos fantásticos, todos mobiliados. preocupo-me, porém, em como manterei a limpeza de espaços dessa magnitude (são, efetivamente, espaços magnéticos, pois sinto por eles uma atração, um calor no peito de euforia em saber-me morando em um lugar assim).