Por que me perguntas?

[...]ifica não ter medo de dizer, de falar, nem mesmo de pensar. Só estar lá parado, pensando aquilo, despindo o corpo dele, já é um ato de profunda revolta, de transgressão. Só eu sei o quanto isso me custou, o quanto de suor eu precisei exalar pra me permitir imaginar aquela imagem. E vem essa gente dizer que isso não é nada? Vem essa gente dizer que a vida dela, de tantas outras, não era lugar pra isso? Vem essa gente dizer que ela não poderia ter escrito isso que ela escreveu porque ela “não viveu na pele”? “Como perguntar não ofende, qual era mesmo a orientação sexual dela”? É muito pobre, é muito triste, é muito mesquinho. E pra você que escuta e concorda: é também pra você que eu reservo o meu “vá se foder”[...]