é verdade, repito sempre "coisas imensas", "vácuos imóveis e permanentes", "faltas cujas bordas avançam, fazendo faltar a falta", "ulceração nômade". sim, eu repito tudo isso e outras coisas mais. repito também que o corpo avoluma-se demasiado no olhar, na mão, e que há de ir embora em algum momento. ainda bem que esta porra toda há de acabar. não adianta, portanto, desviar-se. já ali mais adiante estará o "vácuo imóvel" a me fitar. então repito, repito mesmo, como um refrão: não custa lembrar-me do corpo que não é novo nem belo mas que é a medida do meu ser. custa. custa montantes "imensos" de energia lembrar-me. vasculhar tudo e trazer à tona o que há de mais reincidente. custa. demora para conseguir um êxito por dia. abrir os olhos não conta; custa.