Gisele Bündchen quer viver feliz “no meio do mato” em 10 anos

Vamos começar dissecando os termos: quem é Gisele? Paradigma de beleza, curvas do peito e concavidade do abdome tornam-se horizonte para muitas (e para muitos). Moça simples de Horizontina, era desmilingüida quando era adolecente (eu a conheci em 1996/7 quando fui disputar um campeonato de vôlei de escolas evangélicas, ela era deplorável – e eu também). Gisele significa hoje não apenas um modelo estético; isto também. Mas, sobretudo, significa esse complexo de borboleta, lagarta que adquire lindas cores e voa com graça – e com muito dinheiro – pelo mundo. Ela significa a transformação do corpo abjeto em corpo de sucesso.

Viver feliz: se aparecem duas palavras aqui, uma é “viver” e outra é “feliz”, e “feliz” surge como uma qualificação de “viver”, isso significa que existem muitas formas de viver. E que apenas uma delas é “feliz”. Se vida e felicidade estivessem associadas, não seria necessária essa distinção. Já que se faz presente, cabe a pergunta: por que será?

“No meio do mato”: isso é mentira. Nem Horizontina fica no meio do mato. Eu sei muito bem que vendem Ellus e Rosa Chá por lá.

Em 10 anos: segundo o calendário Maia, o mundo acaba em 2012.

So deeply sorry, Gisele. Tu nunca serás feliz.