[os dias têm sido problemática precípua desde que retomei o exercício de "diariamente" revolver minha linguagem. acredito que parte desse interesse diz respeito à obsessão pela rotina, obsessão em desmantelar a rotina, obsessão em achar o momento final. a necessidade pelo fim é o que me faz grudar na narrativa dos dias, das sensações disparatadas de um dia, dos intervalos incoerentes dos dias. eu sei quando o dia começa, o que eu preciso fazer no seu percurso e, o mais importante, eu aguardo pelo seu fim. pois, nos seus derradeiros minutos, faço o que mais me dá prazer em um dia: adormeço.]