"morrer de amor e continuar vivendo": quando eu era criança, com menos de 5 anos, uma vizinha tinha uma cachorra, a diana. ela tinha pelos longos, pretos e brancos. eu, de pé, tinha a altura dela e me deitava sobre seu corpo. gostava de tocá-la, afundar meus dedos na pelagem, sentir o cheiro de animal, as lambidas no meu rosto. me divertia assistindo diana pular para morder no ar o pedaço de carne que a vizinha arremessava enquanto preparava o almoço. meu sonho de liberdade ainda é passear com diana, gozar da sua companhia quando o dia nasce. latir junto com ela. e durar o tempo que um cão dura no mundo, peludo, deixar só saudade e histórias engraçadas de roupas mascadas, de vidros quebrados.