as cartas às vezes mentem

[...]otei umas cartas, só pra ver o que poderia estar logo adiante no meu futuro. E elas mentiram pra mim. Elas quiseram me enganar. Porque elas me disseram que a toalha ficaria no varal pra sempre, intacta. Dura e sebosa. Mas não ficou. Ele esteve aqui ontem, foi embora há poucos minutos. E devolvi a toalha pro varal, bem lá onde ela passou as últimas duas semanas. E assim será enquanto eu e ele suportarmos essa migração pendulária entre a minha casa e a casa dele. As cartas mentiram; ou fui eu que menti ao lê-las[...]