O brilho eterno de uma mente sem lembranças

No que devemos acreditar para sermos capazes de amar? Se nos motivos primeiros que nos fizeram apaixonar? Se na construção de uma vida em comum? Se naquilo que pensamos um do outro sem jamais dizê-lo?
Será que vale a pena – ou será que adianta? – apagar vestígios do outro em nós? Será que são os rastros deixados um no outro que, quando apagados, fazem desaparecer também o sentido daquilo que sentimos um pelo outro?
Temos meios – aparelhos, maquinarias, raios laser, scanners, cirurgias, lavagens cerebrais – de apagar as pessoas das nossas histórias?
Por último, a pergunta que mais me incomoda, que mais me emociona, que mais me interessa: temos o direito de apagá-las?